O senhor Américo Amorim, vulgo rei da cortiça, teve uma bela frase na semana passada. O senhor mais rico do país, 132º do mundo, com uma riqueza de 2,6 mil milhões de euros disse para toda a gente que: "Não me considero rico, sou trabalhador".
Ok... que posso eu dizer em relação a isto? O senhor até pode ser trabalhador, e disso eu não duvido nada... mas mente quando diz que não se considera rico! Ou será que ser rico implica não ser trabalhador, se calhar é mesmo isso e viria explicar muita coisa. Mas pensando bem ele até tem razão... ele não é rico... ele é muito rico... bilionário!
Senhor Américo Amorim... eu posso dizer... "Não me considero rico, sou trabalhador". Olhe meu senhor... tenho um apartamento em segunda mão que só consegui comprar recorrendo a um empréstimo durante 267 anos... tenho um Opel Corsa com 11 anos a GPL para evitar ser constantemente roubado pela Galp, sim aquela empresa em que o senhor tem participações, tenho um emprego a 175 kms da minha residência o que me obriga a pagar mais uma renda chamada portagens e SCUTS... ou então seguir pelas estradas nacionais e ter que pagar pneus e amortecedores novos de dois em dois meses tal é o estado das estradas. E nem posso dizer que esteja mal... pelo que vejo por aí até nem estou mal de todo.
Pois é... meu senhor... não brinque com o Zé Povinho... o senhor não é rico... o senhor é bilionário! Se foi fruto do seu trabalho, tudo bem, ninguém lhe pode tirar o mérito... mas não venha dizer que não é rico. Se o senhor não é rico... quem será? Eu??? Olhe... eu também sou trabalhador e não o 132º mais rico do mundo!
Para a próxima que sair da sua casa (caixa forte) para dizer estas coisas... pense que perdeu um excelente oportunidade de estar caladinho! Vá lá... volte lá para o seu trabalhinho e dê lá uma esmolinha aos pobrezinhos como o senhor.
Se os ricos não tratarem dos pobres... um dia os pobres tratarão dos ricos. Para bom entendedor...